segunda-feira, 23 de julho de 2007

Gestos obscenos

Sou evangélico. De puritanismo, entendo. Não me refiro ao puritanismo aqui como o movimento religioso protestante do século XVII, cujos membros fundaram os Estados Unidos, mas no seu sentido pejorativo mesmo, de moralismo farisaico, hipócrita, pudico. Por isso fiquei surpreso com a postura hipócrita e moralista da mídia em relação aos gestos obscenos do assesor da Presidência, Marco Aurélio Garcia, e seu auxiliar.As críticas não foram apenas para o possível alvo dos gestos, neste caso, as vítimas da tragédia do vôo 3054 da TAM, mas para o gesto em si mesmo, como se no ambiente privado ou fechado as pessoas não falassem palavrão ou gesticulassem obscenamente. No Governo do PT, a mídia tornou-se moralista e, agora, moralista puritana. Além da minha moral cristã protestante, tenho também outro costume: não pensar ou interpretar as pessoas, fatos ou situações de forma negativa à primeira vista. Sendo assim, crer que os gestos obscenos do Prof. Marco Aurélio era em desprezo às vítimas da TAM, seria vê-lo como um mostro desumano, o que me parece que ele não é.

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